Demonstração Atuarial nos Planos de Contribuição Definida

No fim de 2019, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar – Previc voltou a exigir a Demonstração Atuarial – DA para os Planos de Benefícios de Contribuição Definida – CD. Mas, num formato simplificado. Diante disso, começaram algumas discussões sobre a necessidade e importância da DA Simplificada para esses Planos. O objetivo deste post é analisar e exemplificar algumas oportunidades que esse estudo atuarial pode oferecer para o Plano de Benefícios da sua Entidade.

DEMONSTRAÇÃO ATUARIAL PRA QUÊ?

A Demonstração Atuarial constitui a principal ferramenta de monitoramento dos Planos de Benefícios, tanto para os gestores das EFPCs quanto para a Previc. A Avaliação Atuarial é instrumento fundamental para o fornecimento de informações estratégicas sobre o Plano: permite o planejamento de longo prazo das suas obrigações e tem como objetivo assegurar solidez econômico-financeira – com a finalidade de preservar a liquidez, a solvência e o equilíbrio dos Planos.

Nos Planos de Benefícios estruturados na modalidade de Benefício Definido – BD ou Contribuição Variável – CV, a necessidade de acompanhamento atuarial é evidente a todos, pois a elevação da expectativa de vida, dentre outros fatores, implica na elevação dos compromissos assumidos pelo Plano, podendo resultar em desequilíbrios financeiros e atuariais.

Mas, pouco se fala que, nos Planos CD, mesmo que o aumento da sobrevida dos participantes ou assistidos não gere desequilíbrio financeiro, pode ainda resultar em esgotamento prematuro de suas reservas individuais ou redução significativa do valor de seus benefícios.

Saiba mais sobre os Planos BD, CV e CD clicando aqui

IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO ATUARIAL

O acompanhamento atuarial pode ser um grande aliado – tanto da Entidade e Patrocinadora quanto dos participantes – quando se trata de planejamento financeiro. É possível desenvolver simuladores que auxiliem os participantes tanto na definição do nível de contribuição, de acordo com o benefício alvo, quanto na definição da forma de recebimento de sua renda no momento da aposentadoria, considerando seus objetivos, necessidades, custo de vida e a expectativa de longevidade.

Da mesma maneira, o atuário pode auxiliar no desenvolvimento de um novo produto para mitigar o risco de esgotamento prematuro do saldo de conta através da terceirização do risco. Pode, também, elaborar análise técnica dos produtos ofertados pelas seguradoras para tal fim, ou até nos estudos para criação de Planos, avaliando os cenários que indiquem riscos a Entidade (participantes e patrocinadores em caso de custo compartilhado). O custo administrativo é um exemplo que, embora pouco falado, é uma variável que pode pesar, e muito, nos Planos de baixo patrimônio.

EXPERTISE DO ATUÁRIO PARA A SUA ENTIDADE

O atuário possui a expertise necessária para transformar dados em ferramenta de gestão, gerando diagnósticos completos sobre a sustentabilidade dos Planos de Benefícios e evidenciando as fragilidades a partir dos estudos realizados. Exemplos de estudos que podem trazer valor agregado para a gestão: 

  • Avaliação do nível de benefícios futuros;
  • Estudo de longevidade financeira;
  • Auditoria de contribuições e saldos de contas;
  • Auditoria dos benefícios concedidos;
  • Avaliação de despesas administrativas;
  • Diagnóstico completo e avaliação da terceirização do risco.
SAIBA MAIS DETALHES SOBRE O ASSUNTO

Assista ao vídeo do webinar que realizamos com os diretores e especialistas atuariais da Data A. Eles discutiram sobre as oportunidades que a Demonstração Atuarial pode trazer para a gestão dos Planos CDs.  CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR.

Por Data A Soluções em Previdência
09/10/2020




Previdência Complementar Fechada: os planos de benefício

No âmbito da previdência complementar fechada, as EFPCs – Entidades Fechadas de Previdência Complementar oferecem três modalidades de planos de benefícios. Cada plano é um conjunto de direitos e obrigações reunidos em um regulamento. Por isso, há algumas opções de planos para que cada pessoa possa escolher o que melhor atendê-la.

Uma grande diferença dos planos de previdência complementar em relação ao plano do INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social, é o regime. No INSS, temos o regime de Repartição Simples, onde o trabalhador que está na ativa paga o benefício do trabalhador inativo, como uma conta “compartilhada”. Na previdência complementar, temos a capitalização, um sistema no qual a pessoa contribui numa conta individual e particular, deixando o dinheiro rentabilizar. No futuro, ela usufrui do que ela mesma poupou.

Nesse caso, as modalidades de planos de benefícios oferecidos por EFPC são:

  1. Benefício Definido (BD);
  2. Contribuição Definida (CD); e
  3. Contribuição Variável (CV).
PLANOS BD

O plano de benefício do tipo Benefício Definido (BD) foi o primeiro a ser criado, na década de 70, iniciando, assim, o sistema de previdência privada brasileiro. Esse tipo de plano é aquele em que o benefício complementar é estabelecido no momento da adesão do participante, com base em valores pré-fixados ou em fórmulas de cálculo previstas em regulamento.

Num plano de Benefício Definido, o patrimônio acumulado com as contribuições dos empregados e dos empregadores não é alocado em contas individuais, mas compõe um plano mutualista. O valor do benefício é uma variável independente, previamente estabelecido pelo regulamento do plano, e a contribuição, uma variável dependente, que fica em aberto, sendo determinada anualmente pelo plano de custeio, de forma suficiente para financiar os benefícios futuros.

As contribuições podem variar ao longo do tempo devido a alguns fatores que são estudados nas hipóteses atuariais. Já falamos um pouco dessas hipóteses no blog post “Atuarial, o que é isso”. Elas podem ser divididas em hipóteses econômicas (ex.: inflação), hipóteses demográficas (ex.: rotatividade), hipóteses biométricas (ex.: mortalidade) e hipóteses financeiras (ex.: taxa de juros).

PLANOS CD

Os planos de benefício do tipo Contribuição Definida (CD) surgiram somente na década de 80. Nesse tipo de plano, o que é decidido é o valor da contribuição efetuada ao plano. Nesse caso, as contribuições não necessariamente precisam ser revistas, no entanto, o benefício será proporcional ao saldo existente na data da concessão.

Esse tipo de plano nada mais é do que um fundo de investimentos ou uma poupança programada. Alguns fundos de pensão, que administram planos de contribuição definida, têm permitido que, no período de capitalização, seus participantes escolham perfis de investimentos. Esses perfis são adequados aos objetivos pessoais de formação de poupança, segundo regras preestabelecidas.

PLANOS CV

Esse tipo de plano de benefício, chamado Contribuição Variável, contém características de ambos os tipos de planos citados anteriormente. Trata-se de uma mistura entre contribuição e benefício definidos.

Esses planos podem conter elementos dos planos de benefício definido e de contribuição definida, tanto na fase contributiva quanto na etapa de recebimento dos benefícios. Assim, pode-se ter um plano de contribuição definida na fase contributiva, em que o saldo acumulado na conta individual do participante seja convertido num benefício vitalício, na data de sua aposentadoria, e o risco demográfico é assumido pelo plano de benefícios, com possíveis consequências para participantes e patrocinadores.

LEI 109/01

A Lei Complementar n° 109, de 29 de maio de 2001, contempla esses três tipos de plano, mas não os define, deixando essa tarefa para o órgão normativo do sistema fechado de previdência complementar.


Esperamos que você tenha conseguido entender a diferença dos três tipos de plano de benefícios da previdência complementar fechada. Mas, como sempre, se você tiver alguma dúvida, é só nos responder aqui.

Obrigada por ler e até a próxima.

Junte-se a nós!

Fontes:

  • Previc;
  • Abrapp;
  • Livro “A Demografia dos Fundos de Pensão”, de Ricardo Pena Pinheiro;
  • Livro “Introdução à Previdência Complementar”, publicado pelo sistema ABRAPP/ICSS/SINDAPP;
  • Data A.



Atuarial: o que é isso, afinal?! Descubra aqui.

Vamos entender, de uma vez por todas, o que é a área ATUARIAL. Saiba qual o papel dessa área, como ela se insere em EFPC (Entidade Fechada de Previdência Complementar) e em RPPS (Regime Próprio de Previdência Social) e, como a Data A, uma empresa completa em soluções em Previdência, utiliza e põe em prática os conhecimentos atuariais.

O atuário como analista de risco

De acordo com a legislação:

  • Decreto nº 806/1969, Art. 1º– Entende-se por atuário o técnico especializado em matemática superior que atua, de modo geral, no mercado econômico-financeiro, promovendo pesquisas e estabelecendo planos e políticas de investimentos e amortizações e, em seguro privado e social, calculando probabilidades de eventos, avaliando riscos e fixando prêmios, indenizações, benefícios e reservas matemáticas.
  • IBA (Instituto Brasileiro de Atuária): O Atuário é o profissional preparado para mensurar e administrar riscos, sendo exigido em sua carreira profissional conhecimentos em teorias e aplicações matemáticas, estatística, econômica, probabilística e financeira.
Os principais campos de atuação
  • Fundos de Pensões (Entidades Fechadas de Previdência Complementar);
  • Entidades Abertas de Previdência Complementar;
  • Instituições Financeiras;
  • Seguradoras;
  • Órgãos Oficiais de Previdência (Municipal, Estadual e Federal);
  • Previdência Social;
  • Perícia Atuarial em Processos Judiciais; e
  • Operadoras de Planos de Saúde.
Risco Atuarial

O risco atuarial corresponde à possibilidade de as hipóteses atuariais não acontecerem como o previsto no estudo atuarial. Subestimar essas variáveis pode gerar frustrações e perdas no futuro, assim como superestimar pode trazer um excesso de segurança e tornar os custos elevados.

O estudo atuarial nas Entidades de Previdência

A ciência atuarial é a responsável para avaliar os planos de Previdência Complementar, verificando se o plano de custeio praticado é suficiente para fazer face aos compromissos assumidos no Plano de Benefícios, perante seus participantes.

Nos estudos realizados pelo atuário – um exemplo é a Avaliação Atuarial, um procedimento anual e obrigatório a todas as EFPC ­-, é tomado como base um cenário de longo prazo, no qual são inseridas as movimentações de contribuições e despesas previdenciais.

Para elaborar esse cenário, o atuário precisa considerar as regras do plano de benefícios e as hipóteses atuariais.

Hipóteses Atuariais

São premissas adotadas pelo atuário para elaborar estudos e avaliações, dependendo da modalidade do plano de benefícios ser de Benefícios Definidos (BD) ou de Contribuição Definida (CD).

Há quatro tipos de hipóteses:

  • Hipóteses biométricas: mortalidade, invalidez, morbidez;
  • Hipóteses Demográficas: composição familiar, rotatividade, geração futura;
  • Hipóteses Econômicas: crescimento salarial, inflação;
  • Hipóteses Financeiras: taxa de juros.
Tábuas Biométricas            

O estudo atuarial utiliza muito as tábuas biométricas. Vamos usar de exemplo uma tábua de mortalidade geral para explicar. Essas tábuas (de mortalidade) fornecem, para cada idade, a probabilidade de um indivíduo falecer antes de atingir a idade seguinte. Uma aplicação dessa tábua é calcular a expectativa de vida para cada idade representada: para a idade “zero”, calcula-se a expectativa de vida ao nascer; para qualquer outra idade, pode ser calculada a sua respectiva expectativa de vida.

Veja um exemplo de uma tábua de mortalidade geral, representada em gráfico:

Esta tábua de mortalidade AT-2000-Masculina é uma tábua americana bastante utilizada no segmento de previdência complementar fechada no Brasil. Podemos verificar que até a idade de 55 anos, a probabilidade de morrer em cada idade fica muito próximo de “zero” e somente nas idades seguintes essa probabilidade vai crescendo mais rapidamente. Para ilustrar, uma pessoa com 97 anos de idade tem, em média, 20% de probabilidade de falecer antes de atingir a idade de 98 anos.

Conclusão

De fato, os atuários são muito importantes para a Previdência. Eles elaboram muitos estudos e avaliações que facilitam a gestão das Entidades de Previdência. Em breve, disponibilizaremos mais conteúdos sobre a área Atuarial. Fique de olho nas nossas redes sociais.

Obrigada por ler até aqui. Ficou alguma dúvida? Deixe nos comentários e…

…junte-se a nós!

Produtos da área ATUARIAL da Data A: clique aqui.




Data A participa de ciclo de palestras sobre Previdência

Nos dias 28, 29 e 30 de maio, alguns dos profissionais da Data A Soluções Previdência serão os palestrantes do TENX FUTURO?!. O evento – que tem um toque divertido da cultura de Florianópolis em seu título – ocorrerá no auditório do CSE (Centro Socioeconômico) da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), a partir das 18h30.

Previdência social, Previdência Complementar, reforma Previdenciária e investimentos para o futuro serão alguns dos temas abordados durantes esses três dias, que visam transformar as percepções de futuro daqueles que assistirem.

Dada a importância e abrangência do assunto, haverá uma transmissão ao vivo através do canal de Youtube da Data A, onde a audiência on-line poderá participar com perguntas e comentários.

Para participar, basta se inscrever em nosso canal, definir os lembretes e acessar as palestras em seus respectivos horários.

Dia 28

– Palestra: Como funciona a Previdência Social?

Com Marina Vieira Fabro.

– Palestra: Vamos falar da Reforma?

Com Alex Lemos Kravchychyn

Link de transmissão

Dia 29

– Painel: O que é atuarial, afinal?

Com Tulnê Vieira, Altair Doerner Hoepers e Karoline Santos de Araújo.

– Palestra: Como funcionam os planos VGBL e PGBL.

Com Arlete Nesse.

Link de transmissão

Dia 30

– Palestra: O que preciso saber para decidir?

Com Sandra Blatt Pontin.

– Palestra: Busque Alpha em seus Investimentos

Com Gianluca Dalzotto e Nicole Chierighini.

Link de transmissão

20 anos de experiência

Com mais de duas décadas no ramo de soluções inteligentes para previdência, a Data A não poderia deixar de ser parte dessa discussão. Ao disponibilizar alguns de seus profissionais para o TENX FUTURO?!, é fixado um compromisso com a transparência e a democratização do conhecimento.

Marina Vieira Fabro, a diretora executiva, trará uma discussão sobre a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 6/2019 da reforma da Previdência do Brasil, no dia 28, às 20h30.

“Como trabalho com isso há mais de 12 anos e tenho me atualizado ainda mais para fazer o Canal Marina Sobre Previdência, me sinto na obrigação de compartilhar aquilo que sei. Aproveito para convidá-los a olhar na fonte (PEC 6/2019) para conversarmos ao vivo este tema tão importante”

No dia 29, haverá um painel sobre a área atuarial, que é uma das bases mais importantes para a gestão do sistema de aposentadoria, através da análise de riscos e expectativas, comandada pelos especialistas Tulnê Sebastião Velho Vieira  (diretor comercial e técnico), Altair Doerner Hoepers e Karoline Santos de Araújo (atuariários).

Brindes aos participantes

Quem comparecer ao evento – tanto os presencialmente, quanto o on-line -, estarão concorrendo a prêmios exclusivos. Basta participar!

– 3 consultorias de previdência GênioPrev;

– Livro “Finanças Públicas” de  Felipe Salto e Mansueto Almeida; e

– 1 Caixa de Chocolates da Rafaela Doces.

Palestrantes do futuro

Além dos especialistas da Data A, fazem parte do time de palestrantes:

Alex Lemos Kravchychyn, Advogado, Auditor Fiscal de Controle Externo do TCE/SC, Conselheiro de Entidades de Previdência, ex-membro suplente da Câmara de Recursos da Previdência Complementar, consultor jurídico com experiência em constituição de Regimes Previdenciários e modelagem de Planos de Benefícios. Mestre em Administração pela UDESC/ESAG e Coordenador do Curso de Pós Graduação em Gestão da Previdência Complementar do CESUSC. Aprovado em Certificações na ANCORD, AMBIMA e ICSS.(Dia 28)

Arlete Nesse, Doutora em Administração pela FEA-USP, Mestre pelo Insper e graduada pelo Centro Universitário Sant’Anna na mesma área. Pós-graduada em Contabilidade e Finanças pela FGV EAESP, MBA executivo pelo Ibmec/SP (Atual Insper) com extensão internacional pela UCI, EUA e especialização em Inovação pela Tel Aviv University, Israel. Atuou na gestão de investimentos de fundo de pensão patrocinado pelo Santander. Previamente, coordenou o projeto de IPO da JSL. É Sócia da ON Valor, consultoria especializada em governança e é Administradora de Carteiras de Ativos autorizada CVM. (Dia 29)

Sandra Blatt Pontin, Gerente de clientes e negócio do segmento exclusivo da Caixa formação Ciências contábeis, pós Graduação em economia monetária e MBA em finanças empresariais pela FGV. Certificações: CPA 20-Ambima e CFP-Certified Financial Planner. (Dia 30)

Gianluca Dalzotto, Engenheiro de produção, especializou-se em “customer success”, criando e desenvolvendo com o Time de Entregas Inteligentes da Par Mais, uma jornada inovadora de fluxo de recepção de novos clientes. Certificado pela Universidade de Michigan em “liderança e gestão de pessoas” e em “Sales Mastership” pela Winning by Design. (Dia 30)

Nicole Chierighini, Graduada em Economia pela UFSC, pós-graduanda em Mercados Financeiros e Mercados de Capitais, com certificação profissional ANBIMA série 20. Expert em relacionamento com os investidores e mercado financeiro para desenvolvimento de estratégias personalizadas de alocação. Atua como especialista de investimentos, atendendo os clientes investidores da Par Mais. (Dia 30)

Palestrantes Data A

Marina Vieira Fabro, Administradora de empresas pela ÚNICA, é GDista e pós-graduada em Gestão da Previdência Complementar pela CESUSC, com certificado em gestão de operações pela universidade de Warton, em gestão de pessoas pelo IBMEC. Liderou projetos de governança e equipes de gestão de passivo para mais de 12 EFPCs, bem como times de tecnologia, pós-vendas e atenção a clientes (B2B e B2C). Atuou no conselho fiscal do maior fundo instituído do país e coordenou edição do Feirão do Imposto ACIF Jovem.

Tulnê Vieira, Diretor Comercial & Técnico. Administrador pela ESAG/UDESC, é ex-dirigente de fundo de pensão e consultor especialista em previdência. Atua há mais de 40 anos no setor, implantando e apoiando a gestão entidades e planos de previdência complementar fechada e RPPSs. É palestrante de legislação, direitos e benefícios previdenciários e de seguros, tendo lecionado tais temas também em cursos de graduação e MBA. Pioneiro na criação de planos instituídos, incluindo todas as OABPrevs do país, estruturou mais de 20 Entidades e planos de previdência. Foi membro da comissão técnica de atuária da ABRAPP responsável pela revisão das leis 108/109 e da comissão federal da OAB para estudo da previdência complementar do advogado.

Altair Doerner Hoepers, Atuarial. Matemático pela UFSC e atuário pela UFRJ. Pós-graduado em Finanças pela UFSC e Gestão Previdenciária pela UDESC. Experiência internacional no curso Fundamentals of Private Retirement Systems pela Warton Scholl da University of Pensilvânia. Possui 29 anos de experiência em previdência complementar e 10 anos em regimes previdenciários para servidores públicos. Atuou como membro da Comissão Técnica de Estatísticas e Atuária da ABRAPP e da Comissão Técnica de Benefícios Previdenciários. Também foi professor de matemática, estatística e atuária.

Karoline Santos de Araújo, Gerente Atuarial. Graduada em Ciências Atuariais pela PUC MINAS e pós-graduada em Gestão Financeira e Controladoria pelo SENAC MG. É membro do Instituto Brasileiro de Atuária – IBA pelo registro MIBA 2274 e tem o curso de Estudo de Gestão de Ativos e Passivos (ALM) – Conceitos e abordagens pelo IBA. Possui 13 anos de experiência na área de seguros, previdência e estudos atuariais. Desde 2011 atua como consultora atuarial de planos de benefícios de Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC, com desenvolvimento de avaliações atuariais, auditorias atuariais e perícias judiciais, e de unidades gestoras de Regimes Próprios de Previdência Social – RPPS.





Avaliação Atuarial como ferramenta de Compliance

A avaliação atuarial tem como principal objetivo dimensionar o valor das reservas matemáticas dos fundos previdenciais e de outros compromissos do plano de benefícios, de forma a estabelecer o adequado plano de custeio.

E como operacionalizá-la? Recomenda-se a avaliação atuarial anual e, principalmente, o acompanhamento mensal das provisões matemáticas.

Ambos são considerados instrumentos hábeis para ações remediáveis e imediatas em situações de desequilíbrios ou “simples” erros humanos relativos à administração (alterações cadastrais inexatas, por exemplo) que podem se tornar uma bola de neve para o plano de benefícios.  

Nos planos de benefícios estruturados na modalidade de Benefício Definido (BD) e Contribuição Variável (CV), a elevação da expectativa de vida implica a elevação dos compromissos assumidos pelo plano, podendo resultar em desequilíbrios financeiros e atuariais.

Já nos planos de benefícios estruturados, na modalidade de Contribuição Definida (CD), o aumento na sobrevida dos participantes pode resultar em esgotamento prematuro de suas reservas individuais ou redução significativa do valor de seus benefícios.

E temos os planos de benefícios estruturados nas modalidades CD e CV, onde há expectativa do participante de que o valor de seu benefício futuro seja compatível com o tempo de acumulação e com as contribuições efetuadas.

Esse risco deve ser monitorado pela EFPC, por meio do acompanhamento de projeções dos benefícios futuros, como forma de evitar a frustração das expectativas dos participantes em relação ao seu benefício.

Glossário dos termos técnicos para Planos de Previdência do Brasil

Pensando desta forma, podemos entender a avaliação

Baseado no Guia Previc de Melhores Práticas Atuariais, e de acordo com nossa experiência, os riscos de não se fazer um acompanhamento atuarial paulatino e constante estão listados abaixo com exemplos:

1. Concessão dos benefícios inadequados pela EFPC, em virtude de possíveis erros de cálculo ou mesmo de fraude.
  • Plano CD: um benefício mensal, de prazo certo por 10 anos, está registrado nos controles da EFPC, restando apenas uma parcela para pagamento e finalização do benefício. Porém, após o pagamento da última parcela, não é realizada a retirada do assistido da base de dados e o mesmo recebe mais uma parcela de benefício no mês seguinte. O erro pode impactar nos Saldos de Conta dos demais participantes, ou gerar um gasto para a EFPC a ser financiado pelas receitas administrativas.
  • Plano BD ou CV: a concessão de benefícios de maior ou menor valor correto impacta diretamente no resultado técnico do Plano, podendo ocasionar déficits ou indicar um falso superávit.
2. O não acompanhamento e controle da base cadastral em conjunto com o registro contábil das provisões matemáticas, atrapalha a integração e o sincronismo das diversas áreas e agentes envolvidos da EFPC, prejudicando a transparência das informações.
  • Planos CD e Misto: o somatório de todos os saldos de contas dos participantes da base de dados deve ser correspondente ao valor registrado nos balancetes contábeis. Os registros contábeis de contribuições no mês e rentabilidade também devem convergir com as movimentações mensais da base de dados.
3. Baixo nível de confiabilidade das informações divulgadas. em virtude da ausência de testes de consistência da base de dados e da avaliação atuarial anual.
  • Todos os tipos de Planos: O atuário deve realizar uma crítica detalhada da base cadastral utilizada na avaliação atuarial, emitindo opinião sobre a sua qualidade e atualização, bem como recomendando os procedimentos para a sua adequação às necessidades do cálculo atuarial.
  • Todos os tipos de Planos: Os dirigentes e membros dos conselhos devem estar cientes de que o gerenciamento dos riscos inerentes ao cadastro de participantes, assistidos e beneficiários do plano de benefícios é de fundamental importância. Cabe aos órgãos de governança da EFPC garantir permanentemente a confiabilidade e atualização de seu conteúdo, de forma que a base cadastral contenha todas as informações com a qualidade necessária para a execução dos cálculos atuariais e para a realização de testes estatísticos de acompanhamento das respectivas hipóteses atuariais.
4. Estrutura de custeio inadequada, diante das necessidades de pagamento dos compromissos do plano, bem como dos recursos administrativos para gerenciamento do plano.

O plano de custeio deve seguir o resultado da avaliação atuarial, definindo o valor das contribuições normais ou extraordinárias requeridas para o período a que se refere, necessárias à constituição das reservas garantidoras de benefícios, fundos, provisões e à cobertura das demais despesas do plano de benefícios.

Todos os tipos de Planos:

  • O plano de custeio deve identificar as fontes de onde se originarão os recursos necessários à cobertura dos custos do plano de benefícios e deve ser objeto de criteriosa análise por diretores e conselheiros.
  • Sua definição deve contemplar o fluxo de contribuições de participantes e patrocinadores, bem como a eventual utilização de recursos internos ao plano de benefícios, tais como os provenientes de destinação de reserva especial ou os existentes em fundos previdenciais.
  • O plano de custeio deve seguir o resultado da avaliação atuarial, definindo o valor das contribuições normais ou extraordinárias requeridas para o período a que se refere, necessárias à constituição das reservas garantidoras de benefícios, fundos, provisões e à cobertura das demais despesas do plano de benefícios.
5. Não planejamento financeiro no fluxo de caixa, afetando a política de investimentos, de movimentos não previstos em decorrência de opções pelos institutos da portabilidade, do benefício proporcional diferido e do resgate.

A Avaliação Atuarial é uma obrigação legal que precisa ser cumprida até o dia 31 de março de cada ano. Deste modo, evitando não estar em compliance com as regras da PREVIC e assegurando a efetividade e a legalidade de todas as ações em curso. 





Data A 20 anos de soluções em Previdência

Cerca de 7% da população brasileira possui previdência complementar fechada. Apesar de ser, de certa forma, um universo reduzido, o patrimônio destes brasileiros e, por consequência, das entidades de previdência, representam 14% do PIB nacional em volume de recursos. É neste cenário promissor que a Data A Soluções em Previdência, com sede em Florianópolis, atua há 20 anos.

Fundada pelo administrador Tulnê Sebastião Velho Vieira, profissional que contabiliza 40 anos de experiência no segmento, a Data A conta hoje com uma equipe dedicada a cálculos e análises precisas, seguindo à risca as exigências legais necessárias à atividade e incentivo da previdência complementar fechada e apta para executar serviços essenciais ao pleno funcionamento dessas organizações. É liderada ao lado de Marina Vieira Fabro, sócia e filha do fundador, enredada no mercado de previdência há quase 10 anos.

Tradição e Inovação

Tradicional, mas inovadora e vanguardista, é uma empresa orientada a resultados e reconhecida pela experiência e profissionalismo e pelo atendimento próximo e individualizado.

De acordo com os empresários, cada vez mais o assunto previdência fará parte do dia a dia dos brasileiros, ‘inicialmente’ em decorrência dos debates sobre a reforma do modelo previdenciário nacional. “O cenário mais comum é do brasileiro que só começa a pensar na sua aposentadoria com uma idade mais avançada. Não temos o hábito de planejar, mas a realidade da população já começa a dar sinais de que o trabalhador precisar olhar para este assunto”, explica Tulnê.

Os números do mercado endossam a fala do administrador: 56% das empresas privadas já oferecem aos funcionários planos de Previdência Complementar, principal área de atuação da Data A.

Glossário dos termos técnicos para Planos de Previdência do Brasil

Já os números relativos à aposentadoria da maioria da população brasileira, dependente do INSS, assustam. Entre 2030 e 2040, daqui a aproximados 15 anos, tanto aposentados quanto quem irá se aposentar sentirá no bolso que o modelo vigente não se sustenta.

“O INSS funciona como regime de repartição simples: quem está na ativa, paga para quem está aposentado. Como teremos mais gente aposentada do que na ativa, não há mágica: vai faltar dinheiro. É preciso que cada um se prepare e dependa menos do governo, que tantas vezes é um ‘sócio’ bastante ineficiente”, aponta Marina.

Atuarial, de Governança, de Contabilidade, de Gestão de Passivos e Tecnologia

O portfólio de produtos e serviços da Data A é composto por soluções inteligentes e economicamente vantajosas para os clientes – sejam eles dos segmentos previdenciário e assistencial, Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs), Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), organizações empresariais, sindicatos, associações, órgãos de classe, prefeituras municipais, união e estados da federação.

Sob os pilares da confiabilidade e segurança, a Data A aposta em soluções sólidas em previdência para organizações e pessoas, destacando os serviços Atuarial, de Governança, de Contabilidade, de Gestão de Passivos e tecnologia.

Atuarial

No segmento Atuarial, a Data A oferece avaliações, consultorias e auditorias com a utilização de técnicas específicas de análise de risco e gestão para previdência complementar fechada. Também atua na elaboração de estatísticas e no acompanhamento de visitas a órgãos reguladores e patrocinadores.

Governança

Já no setor de Governança para EFPCs, a Data A tem como base as melhores práticas de mercado, a legislação vigente e normas ISO. Ajuda a desenvolver ações personalizadas de acordo com as necessidades de cada cliente e elevando seus padrões de segurança, controle, qualidade e transparência.

Contabilidade

Na área de contabilidade, a empresa entrega desde a contabilidade previdenciária básica ao desenvolvimento até o monitoramento de dados contábeis e financeiros. Aprimoramento da performance e resultados das EFPCs: o foco é na administração contábil preventiva que visa eliminar resultados negativos e adversidades fiscais.

Gestão de Passivo

A área de Gestão de Passivo tem como destaque a administração de operações de Backoffice de EFPCs. Executa e controla as atividades rotineiras das entidades de forma eficiente – e com expertise para melhorias e implantação de novos processos.

Tecnologia

E, por fim, os softwares de apoio à gestão previdenciária. Eles oferecem verdadeiras soluções para automatizar processos e armazenar e gerir dados de forma facilitada, ágil e segura. Tudo isso com base no estado da arte da experiência do usuário.